Casa da Memória

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História de Iturama

Casa da Memória mantém acervo aberto à comunidade

Inaugurada em 23 de agosto de 2010, a primeira escola pública Casa da Memória “Professora Aldeni Janones” mantém todo seu acervo aberto à comunidade de segunda à sexta-feira das 7 às 17 horas. O espaço abriga mais de 300 fotos, 18 objetos, documentos e móveis que relembram parte da história da cidade mesmo antes de sua fundação.

Coordenador do local desde maio de 2012, Francisco Pereira de Queiroz, conhecido entre os populares como Neto conta que o local recebe mensalmente 50 visitantes e que no mês de agosto estes números saltam para 600 devido às comemorações do aniversário da cidade. “As escolas trazem os alunos para saber um pouco mais sobre o município.”

Neto afirma que todo material exposto já está sendo catalogado no computador há mais de seis meses. “É um processo que requer muita pesquisa, por isso demora tanto,” justificou ele ao afirmar que mais da metade está em processo de digitalização.

Com esses registros detalhados, ele terá mais apoio para receber os visitantes em passagem pela Casa da Memória. “Sempre gostei de ler sobre a história do nosso município, pois aqui também tem um pouco das lembranças da minha família,” revelou o coordenador ao apontar retratos da tataravó de sua mãe, e de suas tias.

Outro documento que integra o acervo e até o momento é o mais antigo se destina a patente de coronel do tataravô da mãe de Neto. “Este papel tem mais de 100 anos e chegou até nós por meio de uma doação,” explicou.

Ainda segundo ele, 95% do acervo foi entregue a Casa da Memória de forma voluntária pela professora hoje aposentada Aldeni Janones, por isso o local leva o nome da educadora, que dedicou parte da sua vida em manter guardado a história de Iturama.

Considerada a principal idealizadora do projeto de restauração do prédio que logo passou a ser Casa da Memória, ela conseguiu reunir dois álbuns contendo retratos e documentos ao longo dos anos. “Ela visitava as famílias dos moradores mais antigos e conseguia a doação de boa parte do que está aqui hoje.” Atualmente Aldeni reside em uma fazenda no município de Iturama.

História do prédio
Além de o acervo exprimir a identidade dos antigos moradores, o prédio que abriga tudo isso também tem muita história desde a sua fundação em 14 de junho de 1942. Veja algumas instituições que se instalaram no prédio localizado na Avenida Rio Grande 534:

-Escola Estadual Nossa Senhora de Lourdes na época denominava-se Escola Reunidas Nossa Senhora de Lourdes;

-Ginásio Santa Rosa que mais tarde se tornaria Escola Antonio Ferreira Barbosa;

-Escola Municipal Santa Rosa;

-Escola José Tiago de Queiroz;

-Escola João Ribeiro Rosa;

-Sediou as primeiras reuniões da Câmara Municipal;

-Curso MOBRAL

-Biblioteca Municipal;

-Banda Municipal;

-Solenidade de posse dos primeiros prefeitos e vereadores de Iturama;

-Salão de baile;

-Agência dos Correios;

-Inspetoria de Educação;

Associação dos Artesãos.

Depois de elencar as instalações anteriores da Casa da Memória Neto lembrou que o local antes da construção era um cemitério de onde foram retiradas todas as ossadas encontradas e enterradas em outro cemitério.

Foi então que se instalou a primeira escola no local. “Era única uma sala com 50 alunos de todas as séries, a divisão era feita por fileiras. A primeira diretora foi Jandira Silva Chaves.” Nesta época Iturama era distrito de Campina Verde.

A escola foi um pedido dos moradores ao então prefeito Nicodemos Macedo, pois o local possuía apenas uma instituição de ensino particular, o que não permitia alfabetização da maioria das pessoas que eram de baixa renda.

Esses dados históricos Neto adquiriu através da leitura e principalmente das conversas informais com antigos moradores como ele mesmo afirma. “Sempre gostei de saber da nossa história.” Questionado se guarda na memória a última peça que chegou ao museu a resposta é imediata. “Diploma de vereador de José Simião de Queiroz.”

Visitas
A Casa da Memória atrai os moradores de Iturama, mas também de várias partes da região. “Tivemos a presença de uma senhora que era pianista da orquestra Ribeiro Barros em Belo Horizonte,” a musicista estava de passagem pela cidade em visita a familiares.

Expediente
Segunda à sexta-feira
7 às 12 horas
13 às 17 horas
Avenida Rio Grande,nº 534,Centro(em frente a praça Santa Rosa de Lima)


Da Assessoria
Fotos: Acervo Casa da Memória

 

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