A Prefeitura municipal de Iturama através da secretaria de saúde e sua equipe da U.B.S. Alexandrita, realizaram nesta quarta-feira (19) o hiperdia. Pessoas com diabetes e com hipertensão participaram da ação para verificar se está 'tudo em dia'.
CONFIRA ALGUMAS IMAGENS ABAIXO:
Diabetes (diabetes mellitus)
É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do nosso organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional. A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.
A causa do tipo de diabetes ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e outras drogas).
TIPOS MAIS COMUNS DE DIABETES
O diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos diferentes. Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer sintoma é fundamental que o paciente procure com urgência o atendimento médico especializado para dar início ao tratamento.
TIPO 1
Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.
O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e outras drogas).
TIPO 2
O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão.e hábitos alimentares inadequados.
Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo.
Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA): Atinge basicamente os adultos e representa um agravamento do diabetes tipo 2. Caracteriza-se, basicamente, no desenvolvimento de um processo autoimune do organismo, que começa a atacar as células do pâncreas.
PRÉ-DIABETES
É quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.
Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de complicações, incluindo o infarto. No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.
DIABETES GESTACIONAL
Ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.
Toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal. Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o parto.
Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
SINTOMAS
Os principais sintomas do diabete são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia.
Tipo: 1
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
- Perda de peso;
- Fraqueza;
- Fadiga;
- Mudanças de humor;
- Náusea e vômito.
Tipo: 2
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
FATORES DE RISCO
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes.
- Diagnóstico de pré-diabetes;
- Pressão alta;
- Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
- Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
- Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;
- Doenças renais crônicas;
- Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
- Diabetes gestacional;
- Síndrome de ovários policísticos;
- Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
- Apneia do sono;
- Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
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Você sabe o que é hipertensão?
Você já ouviu falar no termo “minha pressão está 12 por 8”? Quando o assunto é pressão arterial, estas são medidas bastante familiares. Mas para contextualizar melhor, estamos falando de uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados e sustentados da pressão sanguínea nas artérias medidas em pelo menos duas ocasiões diferentes e com a técnica correta. Ela acontece quando os valores da pressão arterial (PA) pressões são iguais ou maiores que 140/90 mmHg (ou mais conhecido como 14 por 9). Tendo essa referência em vista, a medida lá do início indica um valor dentro do padrão considerado normal.
O que acontece com o organismo?
A pressão alta e sustentada, tem como consequência um esforço maior do coração para que o sangue seja distribuído por todo o corpo. A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de doenças cardiovasculares, comoacidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio, aneurisma arterial e perda da função dos rins e insuficiência cardíaca. A pressão alta é uma condição crônica com múltiplos fatores de risco, como fatores genéticose e comportamentais.
Quais são os sintomas e como tratar?
É uma doença frequentemente sem sintomas, mas quando presentes costumam aparecer nas elevações da PA de forma abrupta ou quando há algum comprometimento de órgãos. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça (especialmente na região da nuca), tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza evisão embaçada .
É uma doença que não tem cura, mas tem tratamento.Pode ser controlada por meio de adoção de estilo de vida saudável e uso de medicamentos.. Cultivar hábitos saudáveis é fundamental para uma melhor resposta.
Além dos medicamentos disponíveis atualmente, que só devem ser adotados a partir da recomendação médica, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável:
- Controle de peso, se necessário, mudando hábitos alimentares;
- Reduzir o consumo de sal e utilizar pequena quantidade de sal ao temperar e cozinhar alimentos
- Evite utilizar temperos prontos industrializados, tais como caldos de carne ou legumes, produtos prontos de alho e sal e temperos prontos para saladas. Geralmente esses produtos contém altas quantidades de sal, além de muitos deles serem alimentos ultraprocessados.
- Para dar mais sabor às preparações, use quantidades generosas de temperos naturais ao preparar os alimentos (cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, manjericão, pimentado-reino, hortelã, orégano, pimentão, tomate, entre outros). Se possível, cultive alguns temperos naturais em casa.
- Consumir alimentação com base em alimentos in natura ou minimamente processados, como, por exemplo, arroz, feijão, frutas, legumes e verduras.
- Aumente o consumo de frutas, verduras, legumes, produtos lácteos com baixo teor de gordura, cereais integrais, peixes, aves e oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes).
- Frutas como banana-da-terra/bananacomprida, prata ou nanica, laranja-pera, mexerica ou tangerina, mamão formosa, goiaba, abacate, melão oleaginosas (castanhas, amendoim, nozes) contribuem para maior ingestão de potássio, que podem auxiliar no manejo da pressão arterial.
- Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas adoçadas;
- Comer em ambientes apropriados e com atenção;
- Praticar atividade física regular:pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana;
- Aproveitar momentos de lazer;
- Não fume e evite ambientes onde fumam;
- Reduza o consumo de álcool;
- Se você tem diabetes, converse com a sua equipe de saúde sobre como reduzir o risco de Hipertensão.
Como os fatores de risco podem influenciar no quadro da hipertensão?
Segundo Patrícia Oliveira, da Coordenação de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis do Ministério da Saúde (CGDANT/SVS/MS), os principais fatores de risco para a hipertensão arterial são: alimentação inadequada baseada em alimentos ultraprocessados, o uso nocivo de álcool, tabagismo, sobrepeso e obesidade, além da inatividade física. Vale lembrar que estes são fatores comportamentais relacionados aos hábitos de vida. Por isso, com a adoção de hábitos saudáveis – como uma alimentação adequada e saudável, a prática regular de atividade física, a redução do consumo de álcool e a interrupção do tabagismo – é possível evitar o desenvolvimento da hipertensão.
Hipertensão em números
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2021, a prevalência autorreferida de diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 26,3% entre adultos (≥ 18 anos de idade) que residem nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A proporção de adultos que referiram esse diagnóstico aumentou no período entre 2006 e 2021, variando de 22,6% em 2006 para 26,3% em 2021 (aumento médio de 0,13 pontos percentuais ao ano - pp/ano). Esse aumento também foi observado entre os homens, variando de 19,5%, em 2006, a 25,4%, em 2021 (0,22 pp/ano). Em relação às características sociodemográficas, observou-se uma maior proporção de mulheres que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial (26,4%), relativamente aos homens (21,1%). A proporção de pessoas que referiram este diagnóstico aumentava com a idade: enquanto dentre as pessoas de 18 a 29 anos esta proporção era de apenas 2,8%; dentre as pessoas de 30 a 59 anos, 20,3%, e dentre as de 60 a 64 anos, 46,9%, 56,6% entre as pessoas de 65 a 74 anos e 62,1% entre a população com 75 anos ou mais de idade.
Qual a importância da população conhecer os dados atuais sobre os fatores de risco para a hipertensão?
De acordo com Patrícia, quando a população que tem acesso aos dados atualizados sobre os fatores de risco como tabagismo, alimentação não saudável, inatividade física e o consumo nocivo de álcool, ela tende a procurar pelo cuidado e a promoção de saúde por meio da mudança de hábitos, associadas à detecção precoce e ao tratamento necessário. Sob o ponto de vista coletivo, as comunidades podem direcionar os esforços na solicitação de serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, a partir da Atenção Primária à Saúde, de acordo com a realidade do seu território, por meio dos conselhos locais de saúde.
Para a profissional, é importante ressaltar que o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis, em especial da hipertensão arterial, depende de ações e condutas estratégicas de diversos setores com vistas à construção de políticas de saúde que criam ambientes propícios para escolhas saudáveis e acessíveis.
“A consciência da população com relação à adoção de hábitos saudáveis, dos agentes públicos com relação à proteção e ao cuidado daqueles que necessitam de assistência, a adoção de políticas públicas que garantam o acesso ao diagnóstico, ao tratamento, ao acompanhamento, à reabilitação, à prevenção e à promoção de saúde nos diversos níveis de gestão precisam ser priorizadas. Tais prioridades são orientadas por meio da obtenção de dados confiáveis, que geram informações oportunas e qualificadas com vistas a realização do monitoramento e da avaliação das políticas, programas e ações estratégicas ofertadas”, explica a coordenadora.
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FONTE: Ministério da Saúde