A data, estabelecida em 2.007, tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito que cercam as pessoas com esse transtorno.
No último domingo dia (02) foi realizado uma ação em Iturama, organizada pelo grupo 'Além do Olhar'.
Logo pela manhã, aconteceu uma passeata na avenida Prefeito Juca Pádua com destino à feira livre, onde foram entregues panfletos informativos sobre autismo. A ação, que reuniu um grande número de pessoas, permitiu o encontro de famílias, profissionais e educadores, concretizando uma verdadeira união em busca de conscientização e respeito tendo como objetivo maior o combate a preconceitos.
Outro momento emocionante do dia foi a presença de famílias autistas na missa das 09h30min no Santuário. Durante a celebração, o padre Juninho deu a bênção às famílias, que foram homenageadas ao som da música "Anjos sem asas", interpretada pelo cantor autista Fernando Pavone.
Já no fim da tarde e início da noite de domingo, famílias autistas de Iturama e de municípios vizinhos se reuniram na Cidade da Criança, onde foram servidos refrigerantes, pipoca, salgados, biscoito e algodão doce num clima de muita alegria e verdadeira inclusão das crianças autistas. O secretário de esporte João Filho esteve presente juntamente com o prefeito Claudio Burrinho e disse: "É muito importante ações assim, para ir cada vez mais reduzindo a discriminação e preconceitos".
Os transtornos do espectro autista (TEAs) aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia muito de um caso para outro, variando de deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas.
Embora algumas pessoas com TEAs possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas. As intervenções psicossociais baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores. As intervenções voltadas para pessoas com TEAs devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
Sintomas:
De acordo com o quadro clínico, os sintomas podem ser divididos em 3 grupos:
– ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
– o paciente é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
– domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite levar a vida próxima do normal.
Tratamento:
O autismo é um transtorno crônico mas que conta com esquemas de tratamento que devem ser introduzidos tão logo seja feito o diagnóstico e aplicados por equipe multidisciplinar. Envolve a intervenção de médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e educadores físicos, além da imprescindível orientação aos pais ou cuidadores. É altamente recomendado que uma equipe multidisciplinar avalie e desenvolva um programa de intervenção personalizado, pois nenhuma pessoa com autismo é igual a outra.
Fontes:
Associação de Amigos do Autista
Blog da Saúde do Ministério da Saúde
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