Iturama conta com uma rica diversidade de culturas e projetos culturais.
No dia 1º de maio de cada ano é realizada a “Feira Cultural – Iturama e Região Mostram seus Talentos”, em comemoração ao Dia do Trabalho.
O evento é realizado na principal praça da cidade – Praça do Santuário -, e reúne artesanatos, peças de teatro, danças, apresentações, shows musicais, gastronomia, pinturas, exposições de tecidos, roupas e calçados. A cada feira, novas e exuberantes culturas são expostas, dando aos expositores crédito para continuarem em frente, sempre adquirindo novos conheçimentos e cada vez mais excelência e orgulho.
Em julho o município recebe cavaleiros de toda a macrorregião para a Cavalgada “Iturama em Comitiva Relembrando as Estradas Boiadeiras”, um resgate histórico transformado em Lei, em 14 de outubro de 2009. A Cavalgada foi cataloga pela Divisão Municipal de Patrimônio de Iturama, que lembra que a região foi colonizada por grandes latifundiários. “A base da economia ainda é a agropecuária, portanto, um contingente muito grande da população possui raízes rurais. São descendentes dessas famílias tradicionais, gostam de cavalgar e praticar esportes afins, o que justifica o grande número de festas do peão de boiadeiro na região. Talvez, por isso, o município possua um Parque de Exposições e um Recinto de Rodeio, com uma área de 8.500 m2 totalmente coberta e que abriga, confortavelmente, 12.500 pessoas sentadas”, lembra a equipe de Patrimônio.
Na região do Pontal do Triângulo Mineiro, as primeiras Cavalgadas surgiram em Gurinhatã há sete anos. Em Iturama, no mês de maio de 2009, após uma Cavalgada com finalidade religiosa, um grupo de amigos decidiu organizar o evento para a abertura da Exporama 2009 – Exposição Agropecuária. Participaram os municípios do Prata, Campina Verde, Carneirinho, Limeira do Oeste, União de Minas, Paranaíba, São Francisco de Sales, Pitocânia, Honorópolis, São Sebastião do Pontal, Comunidade Lojinha, Fernandópolis e Gurinhatã.
A Peregrinação de Santa Rita de Cássia, entre Iturama e o Distrito de Alexandrita, também faz parte da cultura ituramense. As terras do Distrito de Alexandrita foram doadas em 1850 pelo casal José Alves de Oliveira e Rita Maria de Jesus para a formação de um povoado. Ambos devotos de Santa Rita de Cássia, doaram 82 alqueires da Fazenda Monte Alto a Santa Rita de Cássia, escriturando à Diocese de Uberaba. Ali se iniciou o Povoado de Monte Alto às margens do Ribeirão do mesmo nome.
Em 12 de dezembro de 1954, foi elevado a Distrito com o nome de Alexandrita em homenagem a D. Alexandre, bispo de Uberaba, que visitava esporadicamente o povoado em trabalho pastoral, e à Santa Rita de Cássia, padroeira do Distrito. A festa religiosa em honra à Santa Rita é realizada na localidade desde a época de seus fundadores e continuou crescendo cada vez mais.
A reza do terço, as novenas, batizados e casamentos, aconteciam na casa dos fundadores. Cada vez mais pessoas, cristãos exemplares, participavam em busca da Graça de Deus. Muitos moradores aportaram nas terras no Patrimônio de Santa Rita e fixaram moradia na terra massapé vermelha da região.
A partir de 1946, transferiu-se o lugar da missão para o povoado. Ali os padres missionários pregavam, celebravam a eucaristia e demais sacramentos, sob uma frondosa figueira, onde mais tarde construíram uma casa para hospedar o bispo e os padres que o acompanhavam. Construíram também um rancho com esteios de aroeira fincados na terra batida, madeiramento de pororocas com ripas de taboca e cobertura de folhas de bacuri.
A primeira igreja construída no pequeno povoado foi em honra de Nossa Senhora Aparecida, por causa de uma promessa do fazendeiro Alcides Roberto Barbosa e sua esposa D. Almesira, onde colocaram uma imagem de Nossa Senhora Aparecida que tinham em sua residência. Essa primeira capela hospedou também a grande imagem de Santa Rota de Cássia, trazida de Cuiabá por um casal de devotos. A pedra fundamental da Igreja de Santa Rita foi abençoada e lançada em 10 de agosto de 1969 e a construção iniciou-se a seguir. Essa igreja, atualmente, recebe a grande peregrinação, todos os anos, no dia 22 de maio.
A devoção manifestada antes, no reduto dos poucos moradores do povoado e dos fazendeiros com seus agregados, hoje congrega fiéis devotos de vários municípios da região e dos vizinhos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
A fé desse povo fiel e a gratidão pelas graças alcançadas por intermédio de Santa Rita de Cássia estimulam o grande número de promessas à Santa Rita. O povo manifesta sua gratidão durante a celebração religiosa, em 22 de maio, de cada ano. A caminhada de 30 km pela BR-497 cresceu muito e necessitou de uma organização por parte do poder público devido a dimensão que a mesma tomou. As graças alcançadas e divulgadas pelos caminheiros de Santa Rita faz crescer cada vez mais as filas de peregrinos que encontram na intercessão de Santa Rita alento para seus fervorosos pedidos.
A festa em honra a Santa Rita acontece em maio, com novenário, quermesse, forró regional, encerrando no dia 22 com a recepção dos peregrinos de Santa Rita, uma grandiosa procissão seguida de missa campal, na praça em frente à igreja matriz de Santa Rita.